Dono de pitbull que invadiu casa e atacou cadela aparece para buscar animal em Juiz de Fora
25/04/2024
(Foto: Reprodução) Ataque ocorreu por volta das 8h de quarta-feira (24), no Bairro Progresso. Dono da pitbull alegou que estava viajando e a cachorra fugiu. Pitbull que atacou outro cão no Bairro Progresso fugiu de casa, diz dono
Denilson Luiz/Arquivo Pessoal
O dono da pitbull que atacou uma cadela no Bairro Progresso, em Juiz de Fora, buscou o animal na tarde desta quinta-feira (25). Ele alegou que estava viajando e a pitbull fugiu. O ataque ocorreu no início da manhã de quarta-feira (24), por volta das 8h. Desde então, a pitbull ficou na casa onde ocorreu o ataque.
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Segundo o tutor da cadela atacada, Denilson Luiz, o dono da pitbull reconheceu o animal após a repercussão do caso e entrou em contato para pegá-la.
"Ele estava viajando e a esposa dele contou o que tinha acontecido então eles fizeram contato e vieram buscar nesta tarde. No fim das contas foi algo feliz tanto para mim, que estou bem e a minha cachorra também, tanto para a família da pitbull. Ela fez uma festa quando ele chegou e já está em casa", disse.
A cadela atacada se chama Bella e tem 10 anos. Ela precisou ser internada em uma clínica veterinária e teve alta na noite de quarta. Já o tutor foi atendido, medicado e liberado no Hospital de Pronto Socorro.
Cadela atacada por pitbull teve alta de clínica veterinária
Denilson Luiz/Arquivo Pessoal
"Espero que tenhamos levantado uma bandeira sobre o que está acontecendo na cidade no que diz respeito ao recolhimento de animais soltos nas rua e agora cabe aos órgãos competentes dar uma satisfação e criar medidas para que não ocorram mais ataques e outras situações de perigo", completou.
O ataque
Tutor rola no chão com pitbull para livrar cadela de ataque em Juiz de Fora
No vídeo obtido pelo g1, é possível ver que um homem [irmão do tutor] sai pelo portão da garagem e, quando o equipamento está prestes a fechar, o pitbull entra e começa a atacar. Ao ouvir os barulhos, ele volta e abre a estrutura na tentativa do animal sair, o que não acontece.
"Eu pulei em cima, tentei tirar ela, mas ele não soltava. Tentei dar um mata-leão no cachorro para soltar a minha cachorrinha e fui mordido", contou o tutor da cadela, Denilson Luiz.
Minutos depois, Denilson sai de casa e tenta separar os dois cães. Em certo momento, rola com o pitbull no chão para salvar a cachorrinha. Uma terceira pessoa chega e, com uso de cordas e força física, conseguem conter o ataque.
Tentativa frustrada de recolhimento
Logo após o ocorrido, o morador entrou em contato com os órgãos competentes para pedir o recolhimento da pitbull, no entanto, o pedido não foi atendido e o animal precisou ficar amarrado na garagem da casa dele.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou não há espaço para destinação do animal, uma vez que a corporação não tem abrigo para cães e estrutura.
Já a Prefeitura disse que a responsabilidade de recolhimento é do Estado, que não se posicionou sobre o assunto até a última atualização desta matéria.
O MPMG, por sua vez, afirmou que ajuizou uma ação com vários protocolos para captura e abrigo de pitbulls na cidade, mas, que após a liminar, o Governo de Minas recorreu da decisão.
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Disputa judicial
O Governo de Minas e a Prefeitura de Juiz de Fora travam uma disputa na Justiça para decidir quem deve ser o responsável por cães de grande porte encontrados solto na rua.
Em 2022, o Executivo publicou novas regras para o recolhimento de cães e gatos. A determinação cita que aqueles que não foram procurados em até 15 dias pelos tutores, precisam ser levados às unidades penitenciárias estaduais.
Já em agosto do ano passado, uma Ação Civil Pública do MPMG propôs que o município e o Governo de MG adotem protocolos para captura e abrigamento de animais de grande e médio porte, especialmente das raças pitbull, doberman e rottweiler.
Meses antes, pitbulls começaram a ser transferidos do Canil Municipal para o local onde funcionava o Parque de Exposições de Juiz de Fora, no Bairro Barbosa Lage. Na época, eram 58 animais da raça sob responsabilidade de Prefeitura.
A ação está tramitando na Justiça e até o momento não houve nenhum acordo entre as partes.
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